Essa senhora salvou a Arara Azul da extinção na Amazônia
A brasileira dedicou 3 anos de sua vida à conservação dessa espécie e seu trabalho já está rendendo frutos.
Existem milhões de espécies de plantas e animais na Terra, algumas ainda nem foram descobertas. Como vimos, a biodiversidade é muito rica, infelizmente esse número tem diminuído devido a vários motivos que levaram à extinção.

Atualmente existe uma longa lista de animais ameaçados de extinção; um deles é a arara azul ou arara azul. Mas, graças aos esforços da bióloga brasileira Neiva Guedes, as coisas mudaram para o animal emplumado.
Há mais de 30 anos, Neiva embarcou em uma viagem de observação de aves, sem saber que aquela viagem mudaria sua vida e a de toda a sua equipe. Em 1989, a bióloga brasileira e sua equipe perceberam após observar alguns pássaros que a arara-azul estava desaparecendo e decidiram fazer algo a respeito.

Neiva quer evitar que a espécie seja extinta porque acredita que as pessoas devem poder observá-la [e todas as aves] em seu habitat natural. A ideia deu a ele um novo propósito na vida: lutar pela conservação das araras. Assim nasceu o projeto Arara Azul.
A bióloga estuda o comportamento das aves e caminha com as comunidades para entender os fatores de risco que ameaçam a espécie. Portanto, ele descobriu que os principais motivos eram a caça ilegal e o desmatamento. Desde então, Neiva trabalha para proteger a arara-azul no Grande Pantanal.

Devido a 3 anos de trabalho, a Arara Azul está agora em uma “condição vulnerável”, o que significa que a luta continua. O progresso que Nieva e sua equipe fizeram desde 1989 é impressionante, mas eles continuam trabalhando para garantir a sobrevivência da espécie.
Fundou o Instituto Arara Azul e desenvolveu uma técnica de instalação de ninhos artificiais na natureza para a reprodução das araras. O trabalho não é fácil, pois eles precisam verificar o ninho com frequência para garantir que tudo esteja em ordem.
“Na época da cheia alguns ninhos ficam isolados pela água. Nestes casos utilizamos tratores, barcos, cavalos ou se necessário vamos a pé, carregando todo o equipamento necessário em mochilas por até vários quilômetros, depende de onde está o ninho localizado”, disse Neiva.
Além disso, trabalha com as comunidades locais para conscientizá-las sobre a importância da ave, protegê-la e evitar que seja caçada para venda ilegal.

Neiva conseguiu o aparentemente impossível e, por seus esforços, conquistou um lugar no Hall da Fama da ONU para Meninas e Mulheres em Cientistas.
A arara azul, Anodorhynchus hyacinthinus; é muito importante no ecossistema do Pantanal. Como muitas outras aves, essa espécie ajuda a dispersar as sementes de seu alimento, ou seja, ajuda no crescimento de novas plantas e árvores.
Muitas das sementes espalhadas pelas araras podem germinar e o equilíbrio do ecossistema é mantido porque as novas plantas fazem parte da cadeia alimentar e abrigam outras espécies.

Do bico à ponta da cauda, as araras podem ter até um metro de comprimento. Ele pesa cerca de três quilos e é facilmente reconhecível por suas listras azuis e amarelas brilhantes. Tem um bico forte e curvo que serve para rasgar a casca da semente e “rasgar” o fruto.
Pode viver até 40 anos e é uma ave muito sociável e curiosa. Adapta-se facilmente ao cativeiro e interage com os humanos. A sua plumagem colorida intrigou-nos tanto que quisemos capturá-la e mantê-la como animal de estimação, ou mesmo para outros fins estéticos.
Por isso essa espécie esteve em perigo de extinção por muito tempo. Mas, graças a Neiva, a arara-azul está agora fora de perigo e em “estado vulnerável”.
É certamente uma ave muito bonita, mas como explica a bióloga, o melhor é poder observá-la no seu habitat natural, não apenas em fotografias.